Curiosidades:
- O livro tem uma categoria Sci-fi com mistura épica e fantástica.
- A ideia principal é usar pesquisas cientítificas para criar um mundo novo.
- Anatellon é um planeta onde há silício e foi inspirado em K2-141b.
- A estrela Anat no livro foi inspirada em K2-141.
- A vida no livro se desenvolveu a partir do silício, mesmo não havendo evidências concretas sobre isto, faz parte do universo do livro, pois existem pesquisas e artigos na USP, GATE e sobre o assunto.
- O planeta usado é K2-141b no livro é chamado pelos habitantes de Anatellon 1, que fica na estrela K2-141 chamada de Anat.
Imagens foram geradas no Leonardo.AI a partir de prompt do Chat GPT.
A Ciência à frente deste livro:
O exoplaneta K2-141b é um planeta real, situado a aproximadamente 330 anos-luz de distância da Terra, na constelação de Leão. Ele foi descoberto em 2017 pelo telescópio espacial Kepler durante a missão K2, que se concentrou na busca de exoplanetas. K2-141b é um dos exoplanetas mais extremos conhecidos até hoje devido às condições extremamente hostis que oferece, o que o torna um exemplo fascinante para estudos sobre mundos distantes.
Pense em um planeta hostil a vida como conhecemos e Anatellon ou K2-141b esta entre eles como o mais sinistro que pode ser criado pelo universo na minha humilde opinião. Se existe um inferno, então é Anatellon.
Porén eu quis criar um conto sobre uma civilização que foi agraciada por um cientista que tinha ideias complexas para salvar sua espécie depois de ter vivido e contribuido para os horrores da guerra mundial em seu planeta.
Imagina o seguinte “O planeta já é o Inferno e ainda entrou em guerra”.
Mas o importante mesmo é mencionar características principais pois esta é a verdadeira intenção do livro: “Atrair o leitor para características do planeta e da estrela para melhorar a divulgação científica na astronomia e incentivar jovens a gostar de astrofísica este é o poder do Sci-Fi”.
Neste caso é preciso ter muita imaginação pra pensar que possa surgir uma forma de vida lá, pois veja abaixo suas características:
- K2-141b é um planeta do tipo “superterra”,
- É um mundo rochoso com massa maior que a da Terra, mas menor que a dos gigantes gasosos, como Netuno e Júpiter.
- Seu tamanho é aproximadamente 1,6 vezes o da Terra, com uma massa cerca de 3,5 vezes maior.
- A sua proximidade com a sua estrela, uma anã vermelha, é um dos principais fatores que torna o planeta tão extremo.
- O planeta está localizado muito próximo de sua estrela (cerca de 0,01 unidades astronômicas, ou aproximadamente 1/100 da distância entre a Terra e o Sol).
- Devido a essa proximidade, ele tem uma órbita muito curta, completando uma volta em torno de sua estrela em apenas 13,5 horas.
- Essa proximidade resulta em temperaturas extremamente altas, com a face voltada para a estrela atingindo até 3.000°C, enquanto o lado oposto, em sombra, pode ser muito mais frio, criando uma grande diferença de temperatura entre os dois hemisférios.
- O planeta tem uma atmosfera espessa composta principalmente de vapor metálico, como ferro, titânio e silício.
- Essas substâncias se aquecem tanto que se tornam vapores metálicos que podem se condensar e se precipitar de volta à superfície, criando um ciclo de “chuvas” de metal derretido.
- Devido à sua rotação sincronizada (ou seja, ele tem sempre o mesmo lado voltado para sua estrela, similar à Lua em relação à Terra), o lado iluminado de K2-141b é um inferno metálico, com temperaturas tão altas que a rocha se derrete.
- O lado sombrio do planeta, por outro lado, pode ser extremamente frio, criando uma diferença térmica chocante entre os dois hemisférios.
Viu como parece que foi descrito o inferno que conhecemos, que dizem que os condenados vão depois de mortos? E este foi o ponto! A vida lá estaria adaptada ao inferno literalmente, mas excluí a parte dos demônios pois seriam tão poderosos que mais pareceriam Deuses, e isto é muito útil para uma história épica, mas que não tenta explicar como a vida surgiu na terra mas usa o desconhecido para expandir a imaginação.
Embora K2-141b tenha condições extremas que tornam a vida como conhecemos improvável, o estudo desse planeta é crucial para compreender os limites da habitabilidade em exoplanetas. O estudo de exoplanetas como K2-141b pode ajudar os cientistas a entender como diferentes atmosferas e superfícies reagem ao calor extremo e como planetas podem evoluir em diferentes condições.
E de onde surgiu a ideia de que a vida pode surgir a partir de silício?
A ideia de vida à base de silício é teoricamente possível, devido à semelhança química do silício com o carbono. Ambos são elementos tetravalentes, ou seja, têm quatro elétrons disponíveis para formar ligações químicas, o que lhes permite formar longas cadeias moleculares complexas, característica fundamental para o desenvolvimento de formas de vida. No entanto, existem vários desafios químicos que dificultam essa possibilidade, especialmente quando comparamos as propriedades do silício com as do carbono em contextos biológicos.
Instabilidade dos silanos: O silício forma compostos conhecidos como silanos (compostos de silício e hidrogênio), que são altamente reativos com água. Em ambientes aquosos, essas moléculas se decompõem rapidamente, o que tornaria difícil a estabilidade necessária para processos biológicos complexos.
Propriedades dos óxidos de silício: Ao contrário do carbono, o silício forma óxidos (como o dióxido de silício ou sílica) que são sólidos à temperatura ambiente, tornando-os insolúveis em água. Isso impede a formação de soluções líquidas complexas, como ocorre com compostos de carbono, que são facilmente solúveis em água e permitem uma vasta gama de reações bioquímicas. Portanto, em ambientes aquosos, as reações químicas necessárias para sustentar um metabolismo baseado em silício seriam extremamente limitadas.
Limitação na formação de compostos complexos: O silício tem uma capacidade mais limitada do que o carbono para formar ligações químicas estáveis com uma variedade de outros átomos essenciais à vida, como nitrogênio, fósforo e enxofre. O carbono pode formar diversos grupos funcionais, como aqueles que compõem açúcares, gorduras, proteínas e ácidos nucleicos, que são fundamentais para o metabolismo das formas de vida baseadas em carbono. O silício, por sua vez, tem uma química mais restrita e não forma facilmente essas moléculas complexas.
Mesmo assim…
Apesar dessas limitações, a possibilidade de vida baseada em silício não pode ser descartada, especialmente em ambientes muito diferentes da Terra. Em locais onde a água não seja o solvente predominante, mas substâncias como amônia, ácidos ou solventes alternativos (como ácido sulfúrico ou cianogênio) possam ser líquidos, as propriedades químicas do silício poderiam ser mais favoráveis. Esses solventes poderiam interagir de maneira diferente com moléculas de silício, permitindo a formação de estruturas químicas mais estáveis e, quem sabe, complexas o suficiente para suportar processos biológicos.
As fontes são estas:
http://www.astro.iag.usp.br/~amancio/aga0316_artigos/Chyba_Hand_ARAA_2005.pdf
https://www.researchgate.net/publication/361348955_The_Possibility_of_Silicon-Based_Life
https://www.auctoresonline.org/article/exobiological-silicon-based-dna-1bna
https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC7345352
https://www.scielo.br/j/qn/a/YBMpZRFg6W5GKjSMc3GrgNf
https://www.science.org/doi/10.1126/science.aah6219
https://pt.wikipedia.org/wiki/Vida_baseada_em_sil%C3%ADcio
Em suma, embora as limitações da química do silício tornem a vida à base de silício extremamente improvável, principalmente em ambientes aquosos, ainda há espaço para especulação, especialmente em exoplanetas com condições extremas e solventes não aquosos. A pesquisa sobre astrobiologia e a busca por vida extraterrestre continuam a explorar essas possibilidades, questionando se, em algum lugar no universo, formas de vida alternativas possam realmente existir. Por este motivo eu criei a civilização de Anatellon em Anat, pois lá provavelmente se há água está abaixo de oceanos congelados no lado sombrio. Vida a base de silício provavelmente não usará água para manter seu metabolismo, e isto se baseia na minha opinião para haver conteúdo para o livro. E pensando no lado escuro, há uma civilização que vive lá, e estou pensando em definir sua tecnologia, provavelmente usando os oceanos congelados para produzir combustível a base de oxigênio e hidrogênio, e se existem oceanos podem haver outras formas de vida como conhecemos na terra mas isto é especulação da minha parte, e não há colaboração científica, e vou pensar se apresento isto no livro, se fizer sentido. Se não houver me desculpem.
Sobre o Livro:
O primeiro capítulo de O Silêncio das Estrelas mergulha os leitores em um planeta inóspito e árido, Anatellon, que orbita a estrela Anat. O planeta, conhecido por sua implacável hostilidade e céu permanentemente iluminado pelas tempestades de ferro e titânio, apresenta um ambiente único, onde a noite nunca é verdadeiramente escura. Os oceanos de lava que dominam o lado iluminado e o trabalho árduo das máquinas autônomas que coletam energia solar são apenas o pano de fundo de uma civilização à beira da extinção.
O enredo se concentra em Kaelyon M’hari, um cientista e engenheiro que lidera o projeto secreto das Arcas de Semeadura, cuja missão é propagar a herança genética da civilização de Anatellon em outros planetas, como a Terra.
Esta animação abaixo, foi criada usando IA, onde fiz o prompt no Chat GPT para usar no Leonardo.AI, para gerar imagens do personagem principal e do laboratório que tem visão do terminador e do lado sombrio, e depois usado o Runway para gerar o video.
A tensão entre a busca por sobrevivência e os dilemas éticos que surgem diante da manipulação genética e da interferência na evolução de outros mundos é o núcleo emocional do capítulo. A construção das Arcas, uma última tentativa de salvar o povo de Anatellon, é carregada de um peso moral que ressoa com as perguntas universais sobre o controle humano sobre a vida e a morte.
A relação de Kaelyon com sua filha, Adrenna, revela um conflito geracional, com a jovem representando a nova geração que questiona as escolhas feitas pelos mais velhos. Adrenna, com sua visão crítica e idealista, desafia as decisões do pai, especialmente em relação ao projeto das Arcas. Kaelyon, por sua vez, sente-se pressionado, consciente de que o tempo está se esgotando para salvar seu povo e que, apesar de seus temores, não há como voltar atrás.
O capítulo também introduz a facção dissidente dos Osionitas, que se opõe ao projeto das Arcas, considerando-o uma condenação para a humanidade. A guerra entre as facções e a iminente ameaça de destruição tornam a trama ainda mais tensa, adicionando uma camada de urgência e perigo à jornada de Kaelyon.
A ambientação é um dos maiores destaques da narrativa. A descrição detalhada do laboratório de pesquisa e da paisagem devastada de Anatellon, com seu céu cortado por raios metálicos e suas tempestades de lava, cria uma atmosfera de isolamento e desespero, amplificando a luta interna de Kaelyon. O uso da inteligência artificial Calyx, que auxilia na análise e estruturação de projetos, também adiciona uma dimensão futurista à história, refletindo a civilização altamente desenvolvida que, apesar de sua tecnologia avançada, está à beira da ruína.
No final do capítulo, Kaelyon se vê confrontado com a realidade de sua própria criação. A dúvida sobre as verdadeiras intenções por trás das Arcas – uma tentativa de salvação ou uma forma de perpetuar a destruição? – torna-se a questão central que impulsionará os próximos passos da trama.
O Silêncio das Estrelas abre com um capítulo denso, repleto de temas de moralidade, sacrifício e sobrevivência. Ao explorar a complexa relação entre os avanços tecnológicos e os custos humanos de tais inovações, o autor estabelece uma narrativa envolvente, que promete desafiar as percepções do leitor sobre a evolução e o destino das civilizações.
Se você gostou leia o primeiro capítulo: